processo CONSTRUÇÃO DE ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS DE APOIO À OBRA

OBSERVAÇÕES:
Embora na maior parte dos canteiros predominem os barracos e tapumes em chapas de compensado, aqui abordados, existem diversas possibilidades para a escolha da tipologia das instalações provisórias, cada uma com suas vantagens e desvantagens. Seja qual for o sistema utilizado, devem ser considerados os seguintes critérios: custos de aquisição, custos de implantação, custos de manutenção, reaproveitamento, durabilidade, facilidade de montagem e desmontagem, isolamento térmico e impacto visual. A importância de cada critério é variável conforme as necessidades da obra.
É importante pensar com antecedência sobre a localização de cada elemento do canteiro, para obter a melhor utilização do espaço físico disponível, de forma a possibilitar que homens e máquinas trabalhem com segurança e eficiência, principalmente através da minimização das movimentações de materiais, componentes e mão-de-obra. Portanto, a localização do barraco e dos portões de acesso ao terreno devem ser previstos antes do início das obras.

(Ref. Recomendações Técnicas HABITARE – Planejamento de Canteiros de Obra e Gestão de Processos).

INSTRUMENTOS: Boca de lobo, alavanca, nível, esquadro e martelo.
MATERIAL NECESSÁRIO: Placas de madeirite, pregos, fio de nylon ou metálico, tábuas, pontaletes, grampo para fixar telhas, telhas de amianto (IMAGEM 01).

PASSO A PASSO:

TAPUME
Inicialmente, tomam-se dois pontos nas extremidades do terreno, na distância do passeio em que se deseja construir o tapume e marcam-se os piquetes.
Amarra-se, ligando os dois piquetes, um fio de nylon bem esticado; esse fio vai mostrar a linha que guia a fixação do tapume, para que não fique desalinhado (IMAGEM 02).
Ao longo da linha de nylon, cavam-se buracos de 40 à 70 cm de profundidade, utilizando a alavanca para soltar a terra e a boca de lobo para retirá-la; nesses buracos fincam-se pontaletes e aterra-se à sua volta, socando bem a terra (IMAGEM 03).
A distância entre os buracos onde os pontaletes serão fixados depende da dimensão da placa de madeirite a ser utilizada; é interessante que se utilize as próprias placas para estabelecer essas distâncias.
Na hora de fixar o pontalete é importante verificar se ele está bem no prumo, o que pode ser garantido segurando um nível alinhado à ele (IMAGEM 04).
A cada dois pontaletes fixados pregam-se as placas de madeirite, utilizando pregos e martelo; aproximadamente 5 pregos para cada extremidade de cada madeirite é o suficiente.
Apenas quando o tapume/barracão não for mais expandido em determinada direção é que se fixa o madeirite em todo o pontalete; caso contrário, fixa-se o madeirite apenas na metade do pontalhete, deixando a outra metade para o madeirite seguinte.
É necessário fixar uma tábua de madeira no pontalete abaixo do madeirite para firmá-lo bem.
É importante que tanto os pontaletes quanto os madeirites estejam bem aprumados; para tal pode ser necessário ajustá-los para a posição correta, uma vez que se trata de um material sujeito à empenamentos. Uma picareta para auxiliar no ajuste dos painéis na direção necessária enquanto outra pessoa os fixa no lugar.
Para as portas do barracão pode-se utilizar uma folha inteira de madeirite, basta emoldurá-la com pequenas tábuas e prendê-las com dobradiças (IMAGEMS 05 e O6).
Existem dois tipos de madeirite, de cola branca e de cola senoica, sendo o segundo mais resistente às intempéries; ambos são encontrados em diversas espessuras, sendo 6mm suficiente.
Os pontaletes são normalmente de madeira pino, assim como as tábuas. Para estruturas mais resistentes pode-se optar por pontaletes de paraju.

BARRACO
O mesmo processo é repetido para fixar os pontaletes e madeirites que integrarão o barracão da obra, nesse caso é preciso verificar, além do prumo, o esquadro, assegurando que formem um ângulo de 90 graus na horizontal. Novos piquetes com fios de nylon ou metálicos esticados podem ser necessários, de acordo com a forma pretendida para o barraco.

TELHADO DO BARRACO
Para a construção do telhado do barraco, prega-se aos pontaletes, acima dos madeirites, outra tábua de madeira em volta de todo o barraco e espaçadamente ao longo de sua seção transversal.
Para a construção do telhado é necessário aplicar um desnível para escoamento da água. Portanto, a tábua de uma das extremidades do barraco deve ser mais alta que a do lado paralelo à este.
Deve-se deixar um beiral mínimo de cada lado (a telha deve sobrar para fora do barraco de todos os lados), evitando que o contato com a água da chuva danifique mais rapidamente os madeirites.
Recomenda-se que seja utilizada uma peça de madeira de seção mais generosa, dependendo do telhado, por questões de resistência.
As telhas para a cobertura do barraco podem ser de fibrocimento ou zinco; caso seja necessária maior resistência, ambas são fixadas utilizado um grampo específico, cuja extremidade superior se parafusa na telha e a extremidade inferior se prende em volta da peça de madeira (IMAGEM 07 e 08).

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