processo MONTAGEM DE FÔRMAS
OBSERVAÇÕES: O serviço de montagem de fôrmas normalmente é realizado por um carpinteiro, trata-se de um trabalho que exige certa habilidade e noção espacial.
A fôrma funciona como uma espécie de molde descartável para as estruturas de concreto maciço. Monta-se uma estrutura temporária independente que envolve a futura estrutura em concreto, após o processo de concretagem essa fôrma é desmontada e finalmente tem-se a estrutura final.
INSTRUMENTOS: Martelo, nível, prumo, trena, lapiz, serra circular, furadeira e alicate universal.
MATERIAL NECESSÁRIO: Placas de madeirite, pregos, fio de nylon ou metálico, tábuas, pontalhetes e arame.

PASSO A PASSO:

Antes de iniciar a montagem da forma é preciso cortar as placas de madeirite nos tamanhos desejados, assim como as tábuas e/ou pontalhetes que vão fixa-los.


Para isso utiliza-se um instrumento extremamente perigoso: a serra circular, um dos maiores responsáveis por acidentes em canteiros de obra. Existem modelos de serra circular de mão e de bancada. Como o trabalho de montagem de fôrma não exige grande precisão de corte ambas podem ser utilizadas para o serviço. A serra de bancada é preferível para um maior número de cortes, enquanto a serra de mão permite ajustes de corte no local da montagem.


O processo de corte deve ser previamente dimensionado, é preciso ter uma noção da quantidade de madeira necessária antes de comprá-la para não haver desperdício. Lembre-se que, com exceção da laje, o processo de concretagem não precisa ser realizado todo de uma só vez, portanto as fôrmas podem ser reaproveitadas, no caso do madeirite aproximadamente 3 vezes, antes de serem descartadas. Além de econômico é muito importante para o meio ambiente que as formas sejam reaproveitadas ao máximo, a quantidade de madeira jogada fora após cada obra é preocupante, além de significar gastos extras com seu descarte, elas ocupam uma grande parcela dos lixões da cidade (IMAGEM 01).


Utilizando uma trena, marque as medidas desejadas para a fôrma no medirite com um lapiz (IMAGEM 02) e corte utilizando a serra circular. Ao cortar vários pedaços com a mesma medida é interessante pregar na serra de mesa um toquinho de madeira que sirva como referência para o corte (VÍDEO 01).


É logisticamente mais interessante que os cortes sejam feitos antes de iniciado o processo de montagem, assim apenas se houver necessidade de algum retalho para realizar o ajuste final, novas placas serão cortadas. No caso de obras maiores esses processos são simultâneos. Mas em obras pequenas não corte mais do que conseguirá montar naquele dia. Os madeirites cortados são mais difíceis de armazenar e a posição pretendida para cada pedaço pode ser confundida, possivelmente gerando prejuízos.


Uma vez cortada a madeira inicia-se a montagem. Para os pilares primeiro prega-se pontalhetes nos pedaços cortados de madeirite, formando uma espécie de moldura (IMAGEM 03). O medeirite sozinho é muito fino para se sustentar ou receber pregos unido-o aos outros, por isso é necessária toda uma estrutura de madeira ao seu redor. Com os paineis de madeirite reforçados, monta-se uma base, também de madeira, em volta da armadura de ferro já posicionada e amarrada às esperas da fundação (IMAGEM 04).

Então prega-se finalmente os painéis de madeirite em volta da armação, reforçando sua ligação à intervalos regulares com uma nova borda de madeira (IMAGEM 05). Também é recomendado escorar as fôrma dos pilares com pontalhetes apoiados no chão ou em um elemento fixo do entrono (IMAGEM INICIAL).


É muito importante nessa etapa conferir se tanto a ferragem quanto a forma se encontram “no prumo” (perfeitamente em pé), para que a estrutura final de concreto não fique inclinada. Essa conferência é feita utilizando um nível e ou prumo.


Além de reforçar a fôrma do pilar com bordas de madeira uma outra estratégia é utilizada para que ela não ceda ou se deforme: amarrá-la de um lado ao outro com um arame resistente (IMAGEM 06). Para isso, primeiro fure com uma furadeira através dos madeirites (VÍDEO 02) atravesse os furos com o arame e amarre suas duas pontas utilizando um martelo (VÍDEO 03). Assim os pilares estão prontos para serem concretados.


Após finalizado o processo de concretagem dos pilares, pode ser iniciada a montagem das fôrmas da laje e das vigas. Estas são montadas como um único elemento, apoiando-se nos pilares já concretados. Primeiro são montadas as fôrmas das vigas (IMAGEM 07) e então a fôrma da laje vai sendo construída entre as vigas, utilizando enquadramentos de pontalhetes e finalmente tábuas vedam a superfície (IMAGEM 08 e 09).


Assim como os pilares as vigas devem ser amarradas com arames, garantindo a sua integridade formal durante o processo de concretagem (IMAGEM 10).
A fôrma da laje deve ser muito bem escorada, pois precisa aguentar o peso do concreto até que ele seca, para isso itiliza-se troncos de eucalípto escorados em toquinhos de madeira ou mesmo buracos na terra. É recomendado que os trncos sejam colocados de metro em metro (IMAGEM 11). O escoramento de uma laje também pode ser feito utilizando andaimes alugados.

DICAS
É muito importante que uma forma fique bem firme, amarrada e escorada, caso contrário ela pode deformar com o peso do concreto gerando uma deformação na estrutura da própria casa, além de desperdício de material.


Uma boa dica para economizar material e trabalho é levantar primeiro as paredes de alvenaria deixando um vazio onde serão concretados os pilares. Assim algumas faces da forma são formadas pela própria alvenaria que também serve como um suporte para a estrutura de madeira, que pode ser pregada na própria parede ao invés de ter que ser auto-sustentada (IMAGEM 06).


Uma opção interessantes para pilares que não vão ficar embutidos (escondidos) na parede de alvenaria (como os pilares da varanda por exemplo) são os pilares redondos. Pode-se improvisar uma fôrma utilizando um pedaço de cano de PVC da bitola desejada. Após a concretagem basta cortar o cano utilizando uma maquita.

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