A versão em papel da Coleção Autogestão de Moradias é gratuita. Para receber os três exemplares pelo correio, envie um email para mom.editorial.eaufmg@gmail.com, com seu nome, seu endereço completo e o comprovante de um pix de R$20,00 (despesa de embalagem e envio) para o CPF 276.427.556-00 (Roberto E. dos Santos).

 

 

 

 

 

 

Coleção Autogestão de Moradias

Roberto E. dos Santos e
Giselle Mascarenhas

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Projeto gráfico e diagramação: Paula Lobato, Felipe Carnevalli De Brot
Ensaio fotográfico: Érico Silva, Giselle Mascarenhas
Desenhos técnicos: Cerena Silva Araújo, Josiany Coelho Campos,Karlla Rafaela Soares, Laura Julia Rodrigues, Matheus Borlot Nascimento
Transcrição de entrevistas: Karlla Rafaela Soares, Cerena Silva Araújo, Giselle Mascarenhas, Josiany Coelho Campos, Matheus Borlot Nascimento
Apoio técnico e preparação: Josiany Coelho Campos, Laura Julia Rodrigues, Matheus Borlot Nascimento, Roberto E. dos Santos, Silke Kapp
Revisão: Alexandre Bomfim
ISBN (1): 978-65-88628-06-5
ISBN (2): 978-65-88628-05-8
ISBN (3): 978-65-88628-04-1
Belo Horizonte
2024

 

 

Depoimento da Leta

Conversa com a arquiteta-urbanista-professora Margarete Maria de Araújo Silva (a Leta), que atuou como assessora técnica na construção de três dos vinte conjuntos habitacionais produzidos em Belo Horizonte entre 1997 e 2012. Uma seleção de fotos da época da construção dos conjuntos Urucuia, Villarégia e Mar Vermelho serviu para evocar suas lembranças e visões sobre o processo de produção dos conjuntos.

 

 

Sobre a coleção

Nos anos 1990, a conjuntura política e social de Belo Horizonte foi marcada por uma luta intensa por moradia, com militância e grupos organizados pressionando por mudanças na gestão urbana no âmbito da habitação. A Constituição Federal (1988) e a Lei Orgânica Municipal (1990) favoreceram esse movimento, que colaborou para a eleição da frente BH popular, em 1993. Essa coalizão democrática-popular criou condições para a autogestão na produção de moradias. O Orçamento Participativo (op), iniciado em 1993 e mantido até 2018, bem como o Orçamento Participativo da Habitação (OPH), criado em 1995, foram decisivos para a implementação dessa política.
Assim, foram construídos em Belo Horizonte, de 1997 a 2012, vinte empreendimentos habitacionais por autogestão, financiados por programas municipais e federais, somando cerca de mil e setecentas novas moradias. Embora esse número seja pequeno quando comparado à demanda, tais experiências provam que é possível e desejável produzir de outras maneiras que não as da lógica do mercado, da autoprodução desprovida de recursos ou da gestão pública sem participação popular. A autogestão não apenas resultou em edificações quase sempre de maior qualidade espacial e construtiva, mas os princípios que regeram tais processos deram chance para que futuros moradores e, especialmente, moradoras ampliassem sua consciência política, sua autonomia individual e coletiva, e seus conhecimentos e habilidades no trabalho executivo e administrativo dos canteiros de obra.
Esta Coleção traz a público os primeiros resultados de dois projetos de pesquisa e extensão, realizados pelo Grupo de pesquisa MOM e apoiados por uma emenda parlamentar do Deputado Patrus Ananias e pela Pró-Reitoria de Extensão da UFMG: Interface de avaliação de tecnologias sociais em conjuntos habitacionais autogestionários de Belo Horizonte e História da construção de conjuntos habitacionais autogestionários de Belo Horizonte. Precederam a tais projetos o Rolezinho da autogestão, organizado em pareceria com o Coletivo Habite a Política, uma oficina do XXIII Arquisur, denominada Produção de moradias por autogestão, e a disciplina Projeto participativo: tecnologia social e adequação sociotécnica ofertada à graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG, todos realizados em 2019.

 

 

 

 

Ensaio fotográfico de
Érico Silva e Giselle Mascarenhas

 

 

Foto de Margarete
Maria de Araújo Silva

 

 

Sobre os autores

Roberto (Ró) é professor do Departamento de Projetos da Escola de Arquitetura da UFMG e membro da coordenação colegiada do Grupo MOM. Giselle é professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Minas da UFOP. A partir de questões formuladas na proposta de pesquisa de doutorado de Giselle junto ao NPGAU, foram desenvolvidos os projetos de pesquisa e extensão - Interface de avaliação de tecnologias sociais em conjuntos habitacionais de Belo Horizonte e história da construção de conjuntos habitacionais autogestionários de Belo Horizonte, dos quais resultaram a tese Outros Canteiros, a exposição e a coleção Autogestão de Moradias.