2024

Segunda reunião no CRAS Lagoa

No dia 21 de março de 2024, Lucas (eu) e Ró fomos convidados pelo assistente social William e pelos moradores do Bairro Lagoa, em Venda Nova/BH, para participar de uma reunião no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Lagoa. Essas reuniões, conhecidas como Comissão Local de Assistência Social (CLAS), são realizadas mensalmente, onde os moradores têm a oportunidade de trazer pautas previamente acordadas ou discutir questões no dia.

A reunião, que contou com a presença de 28 pessoas, predominantemente mulheres idosas, assim como na anterior, além de alguns homens e um grupo de adolescentes do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), foi conduzida pela moradora Tabajara, que já havia liderado a reunião anterior da qual participamos ano passado, no dia 16/11/23.

No início da reunião, havia moradores que estavam participando pela primeira vez e que se apresentaram. Nos reapresentamos e relembramos as pautas combinadas com os moradores na última reunião: apresentar o Documentário Reconciliar, produzido pelo André (Núcleo Capão e diretor do filme Reconciliar), que conta histórias sobre as águas do Capão. Outra pauta sugerida na reunião anterior foi de explicar sobre a obra de drenagem realizada na Rua Expedito Flaviano da Costa, sobre a qual os moradores tinham pouco conhecimento. Explicamos que poderíamos abordar o assunto, mas ressaltamos que seria uma interpretação nossa como arquitetos e urbanistas, e que poderíamos não conseguir responder todas as perguntas, pois ainda estamos estudando os conceitos e cálculos relacionados à hidrologia e drenagem urbana e não somos engenheiros hidrológicos.

Nesta reunião, com o auxílio do William, foram levantadas novas pautas, incluindo o veto que ocorreu na câmara dos vereadores/deputados sobre o orçamento destinado à assistência social, reduzindo os valores de 1% para 0,13% do orçamento municipal. Outro tópico discutido foi o funcionamento do sistema de carreto gratuito em Venda Nova. Quando chegou na pauta do Documentário Reconciliar, após discussão com os moradores e sugestão de William, concordamos que a exibição do documentário poderia ser realizada em uma sessão separada, como uma "Tarde de Filme".

Durante nossa apresentação sobre a obra de drenagem, explicamos inicialmente como era o funcionamento dessa rede de drenagem (tradicional) que foi construída, e seus efeitos para a cidade. Sempre relembrávamos que uma bacia funciona como um sistema, e que agir no local em que um problema aparece nem sempre o resolve, pois pode ser que uma região mais a montante pode estar o causando. Expliquei também, o que foi confirmado por meio de relato dos moradores, que, normalmente, as medidas de drenagem consideradas tradicionais, transferem o problema à jusante. Os moradores relataram que, após a obra, diminuiu a quantidade de água e de inundações próximas ao CRAS e a EMEI, mas que um trecho mais abaixo estava com uma quantidade de água bem maior do que antes quando chovia. Utilizei a lógica das circunstâncias para explicar essa dinâmica e também apresentei um gif com imagens aéreas da região no período de 2013 à 2023, mostrando a mudança de ocupação na região, o aumento e/ou diminuição das vegetações conforme o tempo, e como isso impacta no cálculo para obras de drenagem.

Por fim, William sugeriu que continuássemos em contato para futuras reuniões, mas em um formato diferente das CLAS, como oficinas temáticas e outras atividades propostas no CRAS. Os moradores concordaram com a sugestão e realizamos uma votação para determinar o melhor dia e horário para esses encontros, optando por quintas-feiras às 14 horas.
segunda_reuniao

2023

Quarta reunião do GT Drenagem do Capão.

No dia 09 de agosto de 2023 aconteceu virtualmente a quarta reunião do GT Drenagem do Capão. Ata em processo.

Terceira reunião do GT Drenagem do Capão. O Gt visita o MoM

No dia 13 de julho de 2023 aconteceu presencialmente na sala do grupo MoM, situado na escola de arquitetura da UFMG, a terceira reunião do GT Drenagem do Capão. Ata em processo.

Apresentação do site Águas na Cidade na Câmara Mirim da Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso.

No dia 04 de Julho de 2023 eu (Núria) Júnia e Ana, a convite de Roseli, fomos apresentar o site Águas no Capão para os vereadores mirins e representantes de classe das turmas da Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso (EMALC). De acordo com o site da câmara municipal, o projeto Câmara Mirim é uma iniciativa da Câmara Municipal de Belo Horizonte, que a cada ano elege 45 vereadores mirins, entre alunos do 3º ciclo do ensino fundamental de escolas das redes municipal, estadual e privada e do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os estudantes passam a se reunir uma vez por mês, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde aprendem sobre processo legislativo, desenvolvem habilidades de oratória e trabalho em equipe, discutem problemas das comunidades e formulam propostas para solucioná-los. Ao final do projeto, os vereadores mirins discutem e votam as propostas, em sessão plenária. As matérias aprovadas são encaminhadas para a Comissão de Participação Popular da Câmara Municipal que, após análise de viabilidade, pode apresentá-las para tramitação regular no Legislativo Municipal. O projeto é desenvolvido pela Escola do Legislativo da Câmara Municipal, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Escola Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) e o Centro Pedagógico da UFMG.

Para abrir o encontro na EMALC, Roseli contou aos estudantes sobre o trabalho que vem fazendo há mais de dez anos com vizinhos, o chamado Núcleo Capão. “Reivindicamos a implantação do Parque Ciliar do córrego, demarcado no plano diretor como uma poligonal chamada de Parque do Conjunto Habitacional Lagoa. O que o Plano Diretor chama de parque é o córrego mal cheiroso atravessado por pontes que levam a escola. Apesar de largos tubos de ferro da COPASA margearem o córrego, existem vários despejos de esgoto no Capão. Há também na área demarcada como parque, um resquício de mata ciliar, sobretudo composto por Leucenas. Em 2023 foi realizada uma ação de plantio de 300 mudas nativas às margens do córrego, área onde foram catalogadas 18 nascentes pela equipe do CBH Velhas. A ideia é que as árvores além de dar frutos e sombra, protejam as nascentes e as margens do córrego de processos erosivos. Mas para isso, ainda é preciso plantar muito mais. Em 2021 implementamos a horta Clareia a Terra e estamos passando por percalços para mantê-la ativa. Alguns moradores do conjunto habitacional, que fica em frente a área demarcada como parque, entendem que a área é deles e que não deveria ser utilizada por moradores da região que não vivem no conjunto habitacional. Esse entendimento gera conflitos. A horta Clareia a Terra é uma ação para mostrar que as margens do córrego podem ser além de espaço de lazer, espaço para a produção de alimentos saudáveis e um espaço saudável para o córrego também.” Além dos trabalhos de plantio, Roseli atua dentro da escola buscando estreitar a relação dos processos de aprendizagem com o córrego. Alguns dos estudantes presentes no evento da câmara mirim haviam sido alunos de Roseli e já participaram do monitoramento das águas do córrego que a professora faz dentro da sala de aula de ciências com o apoio do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/ UFMG). Junto com os estudantes, a professora faz a coleta de amostras de água do córrego e a analisa em laboratório. A análise feita em 2021 mostrou que a água teve uma melhoria de indicadores se comparada com a análise feita em 2016. Apesar da melhoria, a professora explica que o córrego ainda recebe muito despejo de esgoto. “A movimentação do grupo de vizinhos já conquistou alguns apoios externos. Por exemplo, a então vereadora Duda Salabert conseguiu uma emenda parlamentar em que foi possível comprar as ferramentas que utilizamos na horta Clareia a Terra. A subsecretaria de segurança alimentar e nutricional da cidade fornece mudas e assessoria técnica para a horta. Já a Fundação de Parques se responsabiliza por capinas periódicas. A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) tira o lixo e entulho despejado indevidamente nas margens do córrego. No entanto a SLU apenas funciona por demanda por ofício, o que torna o processo burocrático e dependente dos moradores dedicarem um tempo considerável para solicitar a limpeza.” Roseli ressalta que a ideia do parque precisa ser construída junto à população. Ela aposta que seria preciso implementar equipamentos como pistas de caminhada e brinquedos de madeira para que os moradores mudem o jeito de ver o córrego e suas margens. Usou como exemplo as nascentes preservadas do Parque Baleares, implantado pelo programa Drenurbs. Roseli contou ao grupo de estudantes sobre a parceria com o grupo de pesquisa MoM e passou a palavra para nós.

Eu, Junia e Ana mostramos como o site pode funcionar como uma ferramenta de análise das dinâmicas sócio-espaciais da bacia hidrográfica do Capão. A ideia do site é ajudar a pensar a bacia hidrográfica como uma unidade de planejamento e ação, para assim analisar criticamente os projetos propostos e sobretudo pensar futuros considerando as ações que já são feitas pelos moradores. Como estas ações podem ser incentivadas para que sejam ampliadas e produzam efeitos na dinâmica das águas urbanas? Mostramos no site projetado na parede da sala de aula, a aba moradores que tem fotos e biografias de alguns moradores da bacia que produzem espaços que vão na direção de uma “naturalização da cidade”. Ao final da página localizamos em uma imagem da maquete da bacia, pontos com a localização e fotos desses espaços verdes produzidos, a maioria jardins e hortas. Falamos também sobre a importância de pensar em intervenções para além do fundo de vale, que é onde o rio passa e onde as águas da chuva se acumulam ao passar ganhando velocidade pelas encostas impermeabilizadas e por consequência, causam problemas como erosões e enchentes. É preciso entender a dinâmica de toda a bacia, dos topos de morro, às encostas, até chegar ao fundo do vale, para chegar em propostas que consideram o espaço como um sistema complexo compreendido não só por ruas pavimentadas e edificações mas também por solos, subsolos, humanos, não-humanos, ventos, águas e etc.

Em seguida mostramos a aba mapa interativo. A aba consiste em uma imagem de satélite com o limite da bacia hidrográfica do Capão. Por cima da imagem podem ser ligadas diversas camadas, entre elas a legislação, obras planejadas, curvas de nível, espaços produzidos pelos moradores e etc. Argumento que entender a dinâmica das águas na bacia hidrográfica é fundamental para sermos críticos as obras e projetos feitos “de cima para baixo”, ou seja, definidos por agentes externos ao território. Por mais bem intencionados que pareçam, muitas vezes as obras são feitas pontualmente e sem considerar a dinâmica da bacia como um todo e podem causar ainda mais problemas ao fundo de vale, como enchentes e erosões, por exemplo. Portanto, cruzar informações e analisá-las é fundamental. Ligar as camadas e perceber as eventuais inconsistências entre a legislação e as obras planejadas, por exemplo, é uma forma de criar argumentos para intervenções e obras mais adequadas para a vida na bacia do Capão .Afinal a política é um campo em disputa, portanto é preciso elaborar os discursos, narrativas e imagens que vão em direção da cidade que queremos. E qual é a cidade que vocês querem na bacia do Capão? Pergunto para o grupo de estudantes.

Caio, do 6º ano, levanta a mão e diz que adoraria andar de barco no córrego do Capão. Leisla, do 7º ano e que vive bem próxima ao córrego, à jusante, responde que em algumas épocas do ano o nível de água é muito baixo e não daria para navegar. Pergunto a eles se sabem se já foi possível navegar no Capão e sugiro que indaguem os mais velhos moradores da região, talvez seus avós. Rafael do 6º ano diz que seria ótimo se o Capão tivesse peixes, assim quem não pode viajar para pescar, poderia pescar na própria vizinhança! “Seria muito legal!” diz animado. Roseli responde que em alguns pontos ainda é possível encontrar peixes no Capão. Nícolas do 9º ano sugere uma galeria de arte ao ar livre com jardins na orla. Roseli conta a eles sobre a Galeria Diamante, que é uma galeria de arte ao ar livre organizada por Henrique Tsade às margens do Capão. Caio coloca que as pontes que dão acesso à escola estão com as madeiras podres, seria muito importante trocar as madeiras. Milena conta que muitas motos passam nas pontes, isso danifica a ponte e as torna inseguras para os pedestres. Luna sugere que se façam placas informativas sobre o córrego ao longo de todo o curso d ́água. Leisla gosta da ideia das placas informativas e complementa sugerindo que os postes sejam pintados indicando o caminho das águas e como chegar ao córrego. Rafael fala que as vias na beira do córrego são muito estreitas, Júlia fala que como as vias são estreitas é díficil fazer ali passeios com os cachorros. Leisla conta que o córrego pode ser perigoso. Ela sabe de um caso de um vizinho que caiu no córrego e morreu afogado. Falo que as vias com carros também podem ser muito perigosas, haja visto as notícias quase diárias que recebemos de acidentes fatais com carros nas cidades.Todos concordam. Júlia diz que se o córrego ficar aberto (sem tamponar com uma via) as pessoas jogarão lixo outra vez. “Placa não adianta, o córrego ficará podre outra vez.” João sugere que se contratem vigias para não deixar ninguém jogar lixo no córrego. Leisla reforça com multas e taxas a serem pagas para quem não respeitar as normas, além de colocar mais lixeiras em volta do córrego e iluminação. Pergunto se o resíduo orgânico não poderia ser tratado localmente. Os convido a imaginar: por exemplo, se o transformamos em adubo para as florestas ciliares. Conto a eles sobre o caso da revolução dos baldinhos que aconteceu em Florianópolis. Foi assim: um grupo de moradores se organizou para acabar com os ratos, logo depois de uma epidemia de ratos no bairro que acabou levando a vida de vizinhos queridos contaminados por leptospirose. Os moradores perceberam que o que a princípio chamavam de lixo, ficava jogado nas ruas e atraía os ratos. Decidiram, então, transformar os resíduos em recursos. Assim, o grupo processa o orgânico que vira composto e é vendido para gerar renda.

João fala que seria fundamental ao invés de jogar esgoto no córrego, criar uma rota paralela para o esgoto ser tratado. Explicamos que isso já existe, que são as redes da COPASA, mas que para tratar o esgoto a empresa cobra uma taxa mensal e muitas vezes as famílias não têm condições para arcar com essa taxa de tratamento.

Finalizamos mostrando imagens de córregos urbanos limpos em que a população poderia nadar e pescar. Nos demos conta que todas as imagens mostradas eram estrangeiras, infelizmente eram as referências que tínhamos. Posteriormente à experiência, reflito que para imaginar outras urbanidades possíveis é preciso além de entender a dinâmica da bacia hidrográfica em meio urbano e entender as políticas públicas envolvidas (como vemos no mapa interativo), também é preciso ter referências de organizações para além das de cima para baixo, como no caso da já citada Revolução dos baldinhos.

Henrique Tsade apresenta a Galeria Diamante na Mostra Puxadinho.

A “Mostra Puxadinho” é um projeto cultural que realiza atividades artísticas em espaços não convencionais a esse tipo de prática. O projeto desenvolve projetos que promovem formação e estruturação das bases produtivas de profissionais do setor artístico e cultural localizados em bairros da regional de Venda Nova (BH / MG).
Acesse o vídeo que apresenta a quarta edição da mostra. Neste dia, o entrevistado é o agente cultural Henrique Tsade, idealizador e coordenador da Galeria Diamante situada às margens do córrego do Capão. Henrique apresenta ao público o projeto, que é um evento cultural, de rua e gratuito, que junta a arte e a agroecologia e que traz o Graffiti como uma ferramenta de revitalização ambiental. Ao final da entrevista, é exibido o vídeo - Galeria Diamante Convida JUST BATTLE, que mostra um pouco de como são os eventos.

O site Águas no Capão é apresentado no Congresso Internacional de Arte, Ciência e Tecnologia e no 8º Seminário de Artes Digitais 2023.

No dia 27 de junho de 2023, Núria, Junia, Ana, Clara e Roseli apresentaram o artigo Site Águas no Capão: uma ferramenta pedagógica a ser publicado no volume de anais do evento. O tema desta edição é a palavra "Crises", convidando a comunidade internacional a participar conosco deste fórum de pesquisa e produção artística. O CIACT-SAD é organizado pelo Laboratório de Poéticas Fronteiriças (UEMG/CNPq) a partir de comitê composto por membros de várias instituições (UEMG, CEFET-MG, UFSM, UFBA) e enorme comitê científico composto por professores doutores do país e do exterior. A edição de 2023 é estendida e onta com o apoio de agências de fomento nacionais e diversos outros parceiros tais como grupos de pesquisa consolidados no país e no exterior.

Segunda reunião do GT Drenagem do Capão. Ofício n.14 / 2023 SCBH DO RIBEIRÃO DA ONÇA

No dia 16 de junho de 2023 aconteceu virtualmente a segunda reunião do GT Drenagem do Capão. Nessa reunião, os membros do GT convidaram Roberto Eustáquio, professor e coordenador do projeto Águas na Cidade, do grupo MoM, para que ele apresentasse a pesquisa sobre a lógica das circunstâncias nas bacias hidrográficas. Em seguida, Ana Paula Fernandes, engenheira da Diretoria de Gestão de Águas Urbanas (DGAU) da Prefeitura de Belo Horizonte, apresentou um pré-projeto de três reservatórios para o fundo de vale da bacia do Capão. Dessa vez, a engenheira apresentou um reservatório a mais do que os dois apresentados em dezembro. Ela informou que o projeto sofreu mudanças desde dezembro e se comprometeu a enviar a nova proposta para os e-mails dos membros do GT. Para finalizar, Núria Manresa apresentou o site Águas no Capão. A pesquisadora explicou que o site é uma ferramenta que possibilita, de forma rápida e acessível, o cruzamento de dados para que emerjam análises críticas envolvendo: a legislação municipal, as propostas de infraestrutura feitas tanto pela SMOBI e SUDECAP, as propostas feitas por estudantes de arquitetura e paisagismo e os espaços construídos pelo trabalho cotidiano de humanos e mais que humanos moradores da bacia hidrográfica.
Ao final do encontro, o grupo marcou a terceira reunião para acontecer no início de julho no grupo MoM. O objetivo do próximo encontro será apresentarmos para o GT as ferramentas pedagógicas desenvolvidas no MoM que auxiliam a compreensão da dinâmica das águas nas bacias urbanizadas. Como sugestão, no quarto encontro podemos começar a discutir propostas para além do fundo de vale.
monitoramento

monitoramento

André Carvalho, diretor do filme Reconciliar, grava cenas com pesquisadoras do grupo MoM

Reconciliar é um documentário que está sendo realizado pelo diretor André Carvalho sobre as águas do Capão. Em maio de 2023, André conversou com as pesquisadoras do MoM Núria Manresa e a professora Margarete Silva sobre o tema das águas urbanas.
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3

Primeira reunião do GT Drenagem do Capão

Em maio aconteceu virtualmente a primeira reunião do GT Drenagem do Capão. O principal objetivo do GT foi retomar a discussão a respeito da proposta apresentada pela SMOBI em dezembro de 2022, além de propor formato e cronograma para as próximas ações do GT. Veja aqui a ata do encontro.

Produção do "Quebra-cabeça das circunstâncias", material didático construído pelo grupo MoM

O quebra-cabeça é uma interface educativa desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa MOM (Morar de Outras Maneiras) com foco nos estudantes do ensino fundamental. O tabuleiro do jogo tem como base uma imagem aérea da bacia do Capão. A área de dentro do limite da bacia pode ser preenchida com diferentes temas: (1) uso e ocupação do solo; (2) traçado urbano e redes de infraestrutura urbana; (3) evolução da mancha urbana (4) imagem de satélite; e (5) mapa de circunstâncias. O intuito é permitir com que os estudantes relacionem o comportamento das águas (especialmente as águas pluviais) com a ocupação urbana no interior de sub-bacias hidrográficas urbanas.
O quebra-cabeça foi realizado com o apoio do Edital Proex No 05/2022 - Fomento a produtos extensionistas destinados à Educação Básica e Profissional Pública.
Atêlie proposto com o quebra-cabeça.

2022

Apresentação da proposta da SMOBI para a bacia do Capão

Em dezembro de 2022, a empresa paulista Hidrostudio Engenharia, contratada pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP), promoveu uma reunião online com o Núcleo Capão e alguns apoiadores para apresentar um diagnóstico e três cenários futuros para a bacia. O convite, que circulou por Whatsapp, prometia “soluções baseadas na natureza” para enfrentar as enchentes e problemas de esgoto e de despejo de lixo que o Capão enfrenta. O trabalho apresentado faz parte dos estudos para a otimização dos sistemas de drenagem da bacia do ribeirão Isidora, demandados pelo Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Onça (SBHR). Os engenheiros da Hidrostudio trouxeram mapas apresentando três cenários.
O cenário um considera um futuro (de 2 anos, 10 anos e 25 anos) sem nenhuma intervenção e mantendo as taxas de ocupação do solo atuais. Como resultado temos manchas de inundação com aumento progressivo ao longo dos anos.
2 ANOS - 10 ANOS - 25 ANOS
sudecap_1 sudecap_2 sudecap_3
O cenário dois mostrava as consequências da implantação do projeto da via 220 e da via 590, proposto pelo programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte (Viurbs). O objetivo do Viurbs é fazer a ligação de Venda Nova com o Centro Administrativo, Mineirão e outras grandes infraestruturas. A via 220 seria a continuação da Avenida dos Navegantes (trecho já tamponado do córrego do Capão). O programa segue a lógica do tamponamento dos córregos e implantação das chamadas avenidas sanitárias. A construção das vias 220 e 590 significa canalizar mais um trecho do córrego do Capão. Os engenheiros explicaram que essa alternativa aumentaria os riscos de inundação nas margens dos afluentes: o córrego Piratininga e o ribeirão Vermelho. Além do mais, aumentaria a velocidade da água nas seções naturais e, consequentemente, a erosão das margens. Ainda assim, argumentaram que essa alternativa traria ‘estabilidade’ ao córrego. Não ficou claro que estabilidade seria essa.
2 ANOS, 10 ANOS, 25 ANOS
sudecap_1 sudecap_2 sudecap_3
O cenário três é o projeto proposto pelo Hidrostudio e pela SMOBI que consiste na chamada estabilização da calha do rio, mediante seu revestimento, e na construção de reservatórios de amortecimento para prevenir alagamentos e erosões. A área receberia um tratamento paisagístico com lâmina d’água sobre o reservatório, aos moldes da barragem Santa Lúcia, segundo informaram na reunião de apresentação. O reservatório aparece na imagem envolto por uma monocultura de grama batatais, bem diferente dos jardins diversos e da agrofloresta que os moradores vêm cultivando nos últimos anos.
Os membros do Núcleo perguntaram se ao invés do revestimento da calha não seria possível a reconstrução da mata ciliar nativa da Área de Preservação Permanente (APPS) prevista no código Florestal (Lei Federal no 12.651/2012) para conter os processos erosivos. Nos últimos dez anos moradores da bacia do Capão vem gradativamente reconstruindo a mata ciliar do córrego. O processo é lento, afinal, os moradores trabalham no cuidado com a terra nas horas disponíveis entre os trabalhos remunerados, utilizando a força do próprio corpo e recursos próprios. O trabalho de reconstrução da mata ciliar realizado pelos moradores está alinhado com as chamadas Conexões de Fundo de Vale previstas no Plano Diretor Municipal (ver art. 112 da lei 11.181/19).
Art. 112 - São classificadas como áreas de conexões ambientais as porções do território municipal predominantemente lineares, cuja delimitação tem como objetivo a conformação de uma rede de qualificação ambiental voltada para a proteção de cursos d’água e nascentes e prevenção de processos erosivos, bem como para a disponibilização de áreas vegetadas e permeáveis e espaços propícios ao exercício de atividades de esporte e lazer.
§ 1º - As áreas de conexões ambientais dividem-se em: I - conexões verdes; II - conexões de fundo de vale.

§ 2º - A qualificação das áreas públicas ou privadas classificadas como conexões ambientais visa à criação e à recuperação de seus atributos naturais, de forma a mitigar impactos derivados de perda de áreas permeáveis, da carência de vegetação e de interferências danosas a cursos d’água, dentre outras consequências da urbanização e ocupação do solo.

§ 3º - Como estratégias para a efetivação dos objetivos das áreas de conexões ambientais, são previstas: I - a definição de parâmetros urbanísticos específicos; II - a execução de obras públicas comprometidas com a qualificação ambiental, especialmente no que diz respeito à proteção de cursos d’água e à conformação de corredores verdes.
Em resposta os engenheiros apontaram que reconstruir a mata ciliar não seria suficiente para controlar a velocidade da água e aludiram a outros “motivos técnicos”, sem os especificar. Núria perguntou, via chat da reunião, se estavam previstas intervenções para aumentar a permeabilidade do solo nos topos de morro e talvegues da bacia, mas não obteve resposta.
Henrique Tsade, o então guardião da horta do Capão, manifestou que sentia falta de uma intervenção mais “artesanal”, ou seja, um processo menos alienado, mais alinhado com as especificidades locais e em que os moradores pudessem decidir e agir com apoio dos recursos técnicos. No entanto, o questionamento de Henrique também não teve nenhuma ressonância. Ninguém explicou como a água ganha velocidade, por que ocorrem enchentes nessa bacia ou que alternativas haveriam além de tamponar ou canalizar o rio e disfarçar sua morte com um espelho d’água artificial. Ao final da reunião, os ativistas e moradores, insatisfeitos com as propostas, mas satisfeitos com a abertura do canal de diálogo com a SMOBI, começaram a articular um grupo de trabalho (GT) cujo início está previsto para fevereiro de 2023.
sudecap_1 sudecap_2 sudecap_3
Ao invés de um rio vivo envolto por uma agrofloresta, a SMOBI propõe um reservatório de concreto envolto por grama batatais. Por qual motivo esse projeto é uma solução baseada na natureza?
CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Realização de atêlies na turma da 5º ano da professora Roseli na Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso com pesquisadoras do grupo MoM

Durante os meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2022 foram realizados quatro encontros na EMALC, com a turma do 5º ano da professora Roseli. Os ateliês fizeram parte da pesquisa de mestrado de Núria Manresa e contou com a colaboração das bolsistas de iniciação científica do MoM, de Junia Penido e Clara Moreira. O objetivo da experiência foi, além de trabalhar com os estudantes o caminho das águas e a noção de bacia hidrográfica, levantar os saberes, histórias e espaços de uso comum, bem como as redes de trabalho de cuidado da vida cotidiana das crianças.
O formato dos encontros foram ateliês transdisciplinares realizados durante o horário das aulas considerando os princípios e as habilidades determinadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas tendo o território da bacia como principal lugar de investigação.
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 Imagem 5 Imagem 6 Imagem 7 Imagem 8 Imagem 9 Imagem 10 Imagem 11 Imagem 12 Imagem 13 Imagem 14 Imagem 15

Escola de Arquitetura da UFMG oferta disciplina "Águas urbanas na bacia do Capão: imaginando possibilidades"

No primeiro semestre de 2022, Núria Manresa e Silke Kapp ministraram a disciplina de projeto (PFLEX) "Águas urbanas na bacia do Capão: imaginando possibilidades". O foco era entender situações problemáticas na bacia do Capão a partir do contexto mais amplo da bacia hidrográfica e não somente das margens do córrego, como foi o caso da disciplina de projeto realizada no curso técnico de paisagismo do IFMG em 2021.
A disciplina foi organizada a partir de três exercícios que consistiram em: (a) levantar dados; (b) organizar os dados de forma a gerarem informações e (c) propor uma intervenção a partir das análises realizadas nos exercícios anteriores. As propostas elaboradas no último exercício deveriam ser não apenas tecnicamente consistentes, como também atraentes do ponto de vista dos usos coletivos e públicos. A ideia era ampliar o imaginário acerca das possibilidades de convívio com as águas urbanas. A disciplina se desenvolveu em quatorze encontros que incluíram o desenvolvimento dos exercícios, orientações, visitas à bacia e banca final avaliativa.
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 Imagem 5 Imagem 6 Imagem 7

Turma do 5ºanos faz monitoramento da qualidade da água do córrego do Capão em parceria com o CBH Velhas

Entre março e novembro de 2022 Roseli, em parceria com o CBH Velhas, trabalhou com a turma do 5º ano no monitoramento da qualidade da água do Córrego do Capão. Os estudantes fizeram coleta da água do córrego e análises físicas e químicas da água. Já é a quarta vez que Roslei faz esse monitoramento com os estudantes da EMALC. As outras coletas aconteceram nos anos de 2019, 2016 e 2013. Roseli conta que comparando a coleta feita em 2022 com a coleta feita em 2013, houve um aumento na variedade das espécies dos macroinvertebrados bentônicos e apareceu um macroinvertebrados sensível à poluição.
monitoramento
Acesse aqui o livro MONITORAMENTO PARTICIPATIVO DE RIOS URBANOS POR ESTUDANTES-CIENTISTAS

Núria Manresa e Roseli Correia apresentam no evento Diálogos PPGE/UEMG Ambiente e culturas como patrimônio: relatos de experiência

Em fevereiro de 2022 o Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da UEMG organizou o evento online Diálogos PPGE/UEMG. Núria Manresa e Roseli Correia apresentaram os desdobramentos do diálogo que se iniciou com a troca de correspondência da 1a Mostra Córregos Vivos.
monitoramento

2021

O espaço de cultivo é nomeado Horta Clareia a Terra

A partir de oficina realizada por Amanda da REDE junto com Clarice Flores as crianças batizaram o espaço de cultivo de Horta Clareia a Terra. No meHsmo dia, as crianças enfeitaram uma goiabeira da orla para ser a árvore de natal.
monitoramento

Planejamento dos canteiros da agrofloresta

Em 06/11/2021 integrantes do Núcleo Capão e vizinhos se reuniram com estudantes do curso de Paisagismo do IFMG, Núria professora substituta de Paisagismo do IFMG e Amanda da REDE para planejar o espaço da agrofloresta e fazer o cadastramento das pessoas que se interessa em cuidar do espaço de cultivo. O encontro se deu em três momentos, dois de construção coletiva e outro de aula expositiva:
01_Planejamento dos canteiros da agrofloresta
A partir de miniaturas das árvores feitas de bucha vegetal e palitos e uma maquete da área reservada para o plantio na escala 1:50, os presentes brincaram com o material para entender como funcionam os sombreamentos das árvores, considerando em escala, diferentes tamanhos de copa e a insolação da área reservada para o plantio. A partir da lógica do sombreamento das copas, os participantes foram definindo coletivamente as posições dos plantios e desenhos dos canteiros. Além da copa das árvores e a insolação, também considerou-se o declive para posicionar os canteiros e o ponto de água que seria construído pela COPASA.
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4
02_ Brincar na agrofloresta
Utilizando palitos de churrasco, o vizinho do córrego do Capão, Luis, que é pedreiro e jardineiro, projetou em maquete, brinquedos para a agrofloresta do Capão. As árvores frutíferas forneceriam sombra e alimento para o espaço de brincar. Estando perto da agrofloresta, as crianças poderiam brincar e aprender a plantar. Ao mesmo tempo, os cuidadores e cuidadoras, poderiam trabalhar nos cultivos.
monitoramento
03_ Aula: O que é uma agrofloresta?
Ao final das construções, Amanda educadora na REDE em um quadro branco deu uma aula expositiva explicando o que é agrofloresta, falou sobre os tempos vegetais e possibilidades de geração de renda a partir do cultivo agroflorestal urbano.

Início da parceria com a Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas

A REDE é uma organização sem fins lucrativos que busca potencializar as experiências de agroecologia em áreas rurais e urbanas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das famílias e comunidades e evidenciar a relação da agricultura com o espaço metropolitano. A colaboração da REDE na bacia do Capão se deu com a assessoria técnica da educadora Amanda, colaboradora da REDE e moradora da região, junto a Horta Clareia a Terra, cuidada às margens do córrego do Capão. A REDE colaborou sobretudo emprestando a ferramenta tratorito, muito útil para revolver o solo antes de implantar os canteiros.

Produção do vídeo Eco Arte no Parque Ciliar do Capão

Em outubro de 2021 o Núcleo Capão produziu o vídeo "Eco Arte no Parque Ciliar do Capão"com o intuito de divulgar a proposta da Galeria Diamante, uma galeria de arte visual a céu aberto ao longo das margens do Córrego do Capão. A galeria surge com o desejo de chamar a atenção da comunidade, através do grafite, tanto para a importância de cuidar das águas quanto para divulgar a necessidade de implantar o Parque do Conjunto Habitacional da Lagoa.
O Parque do Conjunto Habitacional da Lagoa, mais conhecido como Parque Ciliar do Capão, possui 16 mil metros quadrados e várias nascentes desprotegidas. Através da mobilização socioambiental e da articulação com parceiros, o Núcleo Capão vem colhendo bons frutos. Para os anos de 2021 e 2022, os moradores explicam que está previsto o plantio de uma agrofloresta e a instalação de uma horta comunitária na região.

Banca final dos estudantes do IFMG para o córrego do Capão

Demarcação da área para a agrofloresta

Estudantes de Paisagismo do IFMG junto com Roseli demarcam a área para o cultivo inicial da agrofloresta. O cultivo, planejado inicialmente pelos estudantes de paisagismo do IFMG na disciplina Projeto de Paisagismo I, receberá assessoria e insumos da Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (SUSAN). Thaís MIranda, do Núcleo Manuelzão cria o grupo de whatsapp “Eixo Horta Comunitária” com moradores do entorno do córrego do Capão, participantes do Núcleo Capão, estudantes e professora substituta (Núria) de Paisagismo do IFMG. Com o tempo, são adicionados ao grupo técnicos da SUSAN e apoiadores externos como Antônio do Pomar BH entre outros.

Parceria com a Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional

A parceria com a SUSAN se deu para demarcar a área de cultivo como unidade produtiva coletiva comunitária no banco de dados da prefeitura de Belo Horizonte. Foi feita uma reunião no dia 05/03/2021 quando a SUSAN esclareceu aos participantes sobre o funcionamento e articulação com os campos credenciados de todo o município em 2020 para projetos de hortas comunitárias sob competência da SUSAN. Explicaram que o espaço de cultivo do Núcleo Capão já estava credenciado e habilitado, mas que agora faltava fazer o cercamento da área.
A SUSAN sugeriu que o Núcleo articulasse com a Fundação de Parques e Jardins, que é a proprietária da área, para fazer o cercamento de todo o Parque do Capão, e não só da área de cultivo. O recurso a ser utilizado poderia ser oriundo da emenda parlamentar aprovada para 2021. Ademais, a SUSAN disponibilizou o formulário digital que deveria ser preenchido e os critérios para fornecer suporte para a unidade produtiva, sendo eles:
- três pessoas de famílias diferentes participando do trabalho de cultivo e cuidado - viabilidade do terreno - fatores impeditivos: conflitos de interesses, previsão de outros processos, demandas estruturais.
A SUSAN ressaltou que em 2020 de 20 solicitações de credenciamento, apenas 8 foram habilitadas e entre elas foi habilitada a horta do Núcleo Capão. Os subsídios a serem fornecidos são: esterco equino, assistência técnica e cercamento.

Disciplina a Projeto Paisagístico I ofertada para o segundo período do curso de Paisagismo no IFMG Santa Luzia

A disciplina resultou na arrecadação de seis mil mudas para o futuro plantio no parque ciliar e agroflorestal do Capão. O projeto de um dos grupos de estudantes propôs uma agrofloresta ciliar, o qual culminou no início da Horta Clareia a Terra.

2020

Lançamento do podcast Narrar é Resistir: Memórias Ribeirinhas, com participação de duas moradoras do Córrego do Capão Dona Glorinha e Priscila

O Podcast foi realizado pelo Coletivo Orla, composto por integrantes do Núcleo Capão, durante a segunda edição do Laboratório de Emergência COVID-19: reconfigurando o futuro
Esse laboratório é uma iniciativa da Silo Arte e Latitude Rural, organização que cria, acolhe e difunde arte, ciência, tecnologia e agroecologia em zonas rurais, áreas periféricas e de preservação ambiental, estimulando o cruzamento entre técnicas intuitivas e saberes científicos. Na Silo acontecem experiências imersivas e práticas transdisciplinares como residências artísticas e laboratórios de experimentação e inovação.
Memórias Ribeirinhas: Narrar é Resistir pretende conectar os moradores do entorno do córrego do Capão entre si e com outras comunidades ribeirinhas de Venda Nova por meio de suas histórias. O falar “para fora” pretende dar visibilidade às vivências e aos conflitos do grupo. Além do podcast, o grupo também criou um site para receber novas histórias.

Participação no projeto Correspondências da 1ª mostra Córregos Vivos

O quadro propôs trocas de correspondências entre duplas que não se conheciam para colocar em contato cosmologias, mundos, cidades, imagens, saberes, histórias, economias e políticas a partir das águas e das matas. Roseli Correia (Núcleo do Capão) e Núria Manresa (UFMG) trocaram histórias sobre vidas de familiares, amigos e vizinhos no quadrilátero aquífero e suas relações com a água e educação ambiental em meio urbano. As correspondências aconteceram em formato de cartas, áudios, vídeos, fotografias, mensagens por whatsapp e depois foram disponibilizadas, em parte, na plataforma da mostra. Para ter acesso às correspondências completas clique aqui .

Programa sobre Plantas Medicinais no quintal da Dona Helena realizado pelo programa Escola Aberta da Escola Municipal Professora Ondina Nobre (EMPON)

Em outubro de 2020, Ariane Freitas, coordenadora do programa Escola Aberta da EMPON, gravou um quadro sobre ervas medicinais no quintal de Dona Helena, moradora do bairro Céu Azul.
O programa Escola Aberta foi uma iniciativa do governo federal e teve início em outubro de 2004. A ideia era utilizar os equipamentos escolares para atividades culturais e esportivas, abrindo seus espaços para o uso pelas comunidades além dos tempos escolares. Nesse mesmo ano, o Programa foi implantado em aproximadamente 50 escolas municipais de Belo Horizonte utilizando os recursos financeiros do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
A proposta do Programa visa fortalecer a convivência comunitária, evidenciar a cultura popular, as expressões juvenis e o protagonismo da comunidade, além de contribuir para valorizar o território e os sentimentos de identidade e pertencimento. O PEA possibilita a realização de ações/atividades durante a semana, no período da noite, bem como aos finais de semana. Sua construção acontece a partir do diálogo entre a escola e a comunidade para identificar demandas locais, pessoas e instituições que se proponham a compartilhar conhecimentos, habilidades e competências, estimulando a troca de experiências e o planejamento coletivo. Em março de 2020, a execução do Programa foi interrompida em função da pandemia da covid-19.

Chamada para o 12º Deixem o onça beber água limpa 2020

2019

O Núcleo Capão rompe com a associação de moradores e fica sem espaço para reuniões.

É estabelecida uma parceria entre escolas de ensino regular, PEI-EMALC e Núcleo Capão. O Núcleo passa a usar os espaços das escolas para se reunir e planejar ações.

Debaoixo do asfalto: o rio

Trabalho Final do 39º BH Itinerante – Curso de Extensão em Educação Ambienta cria o Projeto Travessia Histórico Ambiental

2018

Parceria entre o projeto Escola Integrada na EMALC e o Projeto Manuelzão para atividades na E. M. Adalto Lúcio Cardoso

O projeto Escola Integrada na EMALC, coordenado por Roseli em parceria com o Projeto Manuelzão, desenvolve junto com os estudantes da E.M. Adauto Lúcio Cardoso diagnósticos e propostas relacionadas às águas e aos resíduos.
Clarice Flores, estudante de arquitetura e urbanismo e estagiária do Projeto Manuelzão, se integra ao grupo, assim como o professor de geografia Giovani Rodrigues.
Para acessar mais informações sobre o projeto:
Apresentação Integra EMALC
Passarinhada na EMALC
Relatório EMALC: Ações no Território

2017

O Núcleo Capão sai do CRAS e começa a ocupar o espaço da associação comunitária do bairro

Participam intensamente das reuniões moradores de referência, como Maria da Glória Silva que é presidente da Associação Comunitária e da Comissão Local de Saúde do Centro de Saúde Lagoa. Glória também participa de um grupo chamado “amigos da horta” que cultiva uma horta em uma área na Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI) Lagoa.

2016

Monitoramento Participativo das águas do Capão com ICB-UFMG (Instituto de Ciências Biológicas) e Projeto Manuelzão - UFMG

Integração de novos profissionais ao grupo

A engenheira ambiental e sanitária Erika Ferreira da Silva se integra ao grupo via CRAS. Entram também a professora Sophie Farôl da Escola Estadual Menino Jesus de Praga e a professora Shirley Santos.

2014

A estudante de arquitetura Priscila Melo procura o Núcleo para realizar o seu trabalho final de graduação na área do parque

Aprendendo a ComViver com o rio

Formado pelo Núcleo Capão em parceria com o Projeto Manuelzão - UFMG e a PBH (Mobiliza SLU, CRAS Lagoa e 5 Centros de Saúde de VN), com objetivo de sensibilizar os Agentes Comunitarios de Saúde (ACS).
monitoramento
A capacitação aconteceu no CRAS Lagoa e as oficinas foram ministradas por Procópio de Castro (Projeto Manuelzão), Gabriele Santos (universitária), Vando Euripes (GERASA – VN) e Verônica Silva (Mobiliza SLU).

2013

Reportagem sobre o despejo de esgoto no Córrego do Capão MG - TV

O Projeto Manuelzão e a Prefeitura de Belo Horizonte promovem um abraço simbólico no Córrego Capão em comemoração ao dia mundial do meio ambiente.

Instituições envolvidas: Núcleo Capão, Mobiliza SLU, CRAS-Lagoa, Centro de Saúde Lagoa, GERED- Venda Nova, Projeto Vida Padre Gailhac, Projeto Manuelzão, Copasa, Secretaria do Meio Ambiente (Recursos Hídricos).
Escolas envolvidas: E.M. Adauto Lúcio Cardoso, E.M. Profa. Ondina Nobre, E.E. Menino Jesus de Praga, UMEI – Lagoa,Projeto Vida – Padre Gailhac.

Projeto Jovem Limnólogo

Os profesores e estudantes acompanharam ao longo de 6 meses córregos próximos às suas instinuições. Para avaliar as condições ambientais dos trechos estudados e do seu entorno foi utilizado um “Protocolo Simplificado de Avaliação Rápida da Saúde de Rios e Lagoas”, modificadof de Callisto et al. (2002), que busca avaliar não só o ambiente aquático, mas também, o uso e a ocupação do solo na região de entorno de sua bacia de drenagem.
Em parceria com o Núcleo NuVelhas, o Manuelzão e o Laboratório Ecologia de Bentos do ICB-UFMG.
Escolas envolvidas: E.M. Adauto Lúcio Cardoso.

Guardiões de Quarteirão

Um projeto desenvolvido pelo Núcleo Isidora (um dos grupos mais atuantes do Projeto Manuelzão), em parceria com a PBH, Projeto Manuelzão e colaboradores. A metodologia replicada por este grupo foi a mesma usada pelo existinto Centro de Referência em Resíduos Sólidos - MG

Regional de Venda Nova promove seminário sobre a comunidade cigana

O objetivo do seminário é uniformizar o conhecimento sobre os direitos e a realidade da população cigana para os servidores e gerentes da regional que realizam algum tipo de atendimento a esse público, principalmente a comunidade de ciganos localizada no bairro Lagoa.

2012

As escolas na Bacia

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino de História (LABEPEH) vai às escolas Coordenação Roseli Correa e Dilma Scaldaferri, vinculado ao Projeto Institucional Escolas Parceiras, com a coordenação Geral de Soraia Freitas Dutra (Centro Pedagógico UFMG) para pesquisar a história do corrégo em parceria com os estudantes morradores da bacia.
Escolas envolvidas: E.M. Adauto Lúcio Cardoso, E.M. Joaquim dos Santos, E.M. Profa. Ondina Nobre, E.M. Elisa Buzelin, UMEI Céu Azul.

Memorial da água

Experiência de musealização no espaço escolar organizado pelas professoras e estudantes.
Escolas envolvidas: E.M. Adauto Lúcio Cardoso, E.E. Raul Teixeira da Costa (Santa Luzia)

Pesquisa Educar Pela Cidade: Memória e Patrimônio Cultural e Ambiental- realização do site Trilhas de Memórias de Venda Nova/BH

As Trilhas de Memórias de Venda Nova/BH foram produzidas no contexto da pesquisa Educar Pela Cidade: Memória e Patrimônio Cultural e Ambiental,coordenada pelas professoras Karla Cunha Pádua e Lana Mara de Castro Siman, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade do Estado de Minas Gerais (PPGE-UEMG). A pesquisa foi financiada pelo Edital 13/2012 - Pesquisa em Educação Básica, da Capes/Fapemig, contando com uma equipe de professores e estudantes dos grupos de pesquisa Polis e Mnemosine (UEMG), LABEPEH (UFMG) e PRODOC (UFMG) e com uma ampla de rede de parceria e colaboração na Regional de Venda Nova.